Atualmente a interoperabilidade é tão essencial e natural na nossa rotina que muitas vezes não percebemos.
Sabe quando enviamos um e-mail do Gmail para um amigo que usa o Outlook ou quando precisamos fazer um PIX para conta de outro banco? Ou até mesmo transferir dinheiro para contas internacionais? É dessa conexão que estamos falando.
Esses processos só são possíveis porque diferentes sistemas, desenvolvidos por empresas distintas, “conversam” entre si de forma harmoniosa. Mas o que é a interoperabilidade, afinal?
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Qual a diferença entre interoperabilidade e integração de sistemas?
Embora os termos de interoperabilidade e integração sejam usados como sinônimos, eles não significam exatamente a mesma coisa, vamos entender a diferença para começar:
A integração de sistemas refere-se ao ato de conectar dois ou mais sistemas para que trabalhem juntos. Já a interoperabilidade garante que esses sistemas não só possam trocar informações, mas também interpretá-los e usá-los de maneira inteligente.
Embora na integração muitas vezes seja necessário criar adaptações personalizadas, a interoperabilidade se baseia em padrões globais e abertos que tornam essas conexões mais simples, escaláveis e econômicas.
Quais são os benefícios da interoperabilidade?
Interoperabilidade significa, essencialmente, essa “habilidade” dos sistemas, dispositivos e plataformas diferentes para conectar, trocar dados e colaborar sem problemas.
Em termos práticos, é o que garante, por exemplo, que um aplicativo de transporte, como o Uber, funcione perfeitamente em qualquer smartphone independentemente do sistema operacional.
A interoperabilidade traz uma série de vantagens para empresas e organizações, por isso ela é fundamental para a infraestrutura digital:
- Eficiência operacional: reduz retrabalho, tempo e custos para permitir que os sistemas conversem de maneira direta;
- Tomada de decisão mais rápida: informações em tempo real ajudam os gestores a agir com mais agilidade e precisão;
- Maior escalabilidade: com sistemas interoperáveis, as empresas podem integrar novas ferramentas sem complicações.
- Experiência aprimorada do usuário: fornece soluções mais integradas, eficientes e personalizadas, atendendo melhor às suas necessidades.
Melhores práticas de interoperabilidade
Para garantir o sucesso na implementação da interoperabilidade, é importante:
- Adotar padrões globais reconhecidos, preferencialmente abertos;
- Planejar a interoperabilidade desde o início dos projetos;
- Treinar equipes para operar e gerenciar sistemas interoperáveis;
- Garantir a segurança dos dados compartilhados.
Onde ela é utilizada?
A interoperabilidade está presente em diferentes setores, impactando diretamente o funcionamento das organizações.
Saúde
A interoperabilidade permite que equipamentos médicos, como tomógrafos, monitores cardíacos e sistemas de prontuário eletrônico, compartilhem informações em tempo real.
Isso acelera os diagnósticos, melhora a comunicação entre profissionais e otimiza os tratamentos, garantindo mais eficiência e precisão no cuidado aos pacientes.
Governo
Facilita a integração entre ministérios e departamentos por meio de sistemas que trocam informações de forma ágil e segura.
Isso torna os serviços públicos mais eficientes, como no caso de políticas baseadas em dados, e melhora a experiência do cidadão com soluções oferecidas, por exemplo pelo gov.br e plataformas de atendimento digital.
Segurança pública
Bombeiros, paramédicos e policiais dependem de sistemas interoperáveis para coordenar respostas rápidas e precisas durante emergências
O compartilhamento de informações em tempo real entre diferentes equipes é essencial para salvar vidas e minimizar danos em situações críticas.
Engenharia de software
Desenvolvedores utilizam interoperabilidade para criar aplicações que se comunicam e trabalham juntas, mesmo usando linguagens de programação diferentes.
Isso simplifica processos, reduz custos de integração e melhora a experiência dos usuários, que podem acessar serviços de maneira mais fluida.
Machine Learning
A interoperabilidade organiza e padroniza dados provenientes de várias fontes, permitindo que modelos de inteligência artificial sejam treinados de forma eficiente.
Isso resulta em algoritmos mais precisos, economiza tempo no desenvolvimento e facilita a integração de soluções de IA em sistemas corporativos.
Casos de interoperabilidade gerando valor em Tecnologia
A interoperabilidade traz mais opções para as organizações e permite que elas tenham liberdade de escolher seus parceiros de negócio sem ficarem presos a uma tecnologia específica.
Observabilidade com Open Telemetry
Até pouco tempo atrás, cada solução de Observabilidade usava seus próprios agentes para coleta dos dados de logs, métricas e traces. Isso criava um certo lock-in com fornecedores e dificultava as migrações entre os diferentes provedores.
O OpenTelemetry surgiu com força há pouco mais de 4 anos para propor padrões abertos e interoperabilidade entre as soluções de Observabilidade. Ele já permite coletar dados usando padrões abertos e que podem ser levados para diversos fornecedores que suportam os padrões. Com isso as empresas ganharam portabilidade e melhores condições para negociar.
Automação de Infraestrutura com Terraform
Um outro exemplo importante de interoperabilidade é nas ferramentas de automação de infraestrutura. O Terraform é uma ferramenta que permite automatizar a criação e configuração de servidores. A solução torna a gestão de recursos em nuvem muito semelhante entre os diferentes provedores, como Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud Platform.
O conhecimento adquirido é reaproveitado e as empresas conseguem também melhores condições para negociar.
Quais são os tipos de interoperabilidade?
Existem diferentes tipos de interoperabilidade, cada um com um papel específico:
- Técnica de interoperabilidade: consulte a conexão entre sistemas, utilizando padrões como protocolos de comunicação e formatos de dados. Exemplo: um dispositivo IoT que envia dados para uma plataforma de monitoramento;
- Interoperabilidade semântica: garante que os sistemas não apenas compartilhem dados, mas também compreendam o significado por trás deles. É crucial, por exemplo, em sistemas de saúde que precisam interpretar resultados médicos;
- Interoperabilidade organizacional: permite que empresas com estruturas diferentes colaborem e troquem informações sem necessidade de alterar seus processos internos.
- Interoperabilidade humana: relaciona-se à maneira como as pessoas coletam informações, com foco em políticas e acessibilidade.
Quais são os desafios da interoperabilidade?
A interoperabilidade depende de padrões e protocolos que servem como uma “língua comum” para os sistemas. Esses padrões são definidos por organizações globais ou adotados por consenso entre empresas do setor.
Embora extremamente vantajosa, a interoperabilidade enfrenta alguns desafios. Entre eles há falta de padrões universais, resistência organizacional à mudança e questões de segurança.
Além disso, sistemas antigos muitas vezes não foram projetados para interoperar, o que exige investimentos em modernização.
Onde obter uma gestão integrada: Elven
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